Foto: Paulo LopesFoto: Paulo Lopes “Estou me sentindo em Boa Viagem”. A frase, dita pela dona-de-casa Alexandra Firmina da Costa ao prefeito João Paulo, reflete bem o clima de emoção que marcou a entrega de mais nove blocos do Conjunto Habitacional Casarão do Cordeiro, na manhã desta quinta-feira (9). As 288 novas famílias, que já estão sendo transferidas, vêm das comunidades de Brasília Teimosa, Bueirão e Casarão da Iputinga. O investimento total nesta etapa da obra chega a R$ 8,8 milhões, incluindo 56 casas ainda em construção.
Dona Alexandra residia na comunidade carente do Bueirão e, a partir de agora, passa a morar num apartamento de 39 m2, com dois quartos, sala, cozinha/área de serviço e banheiro. “Hoje tenho orgulho de dizer que tenho um endereço”, afirmou. Foram entregues dois blocos construídos pela Operação Trabalho (programa de capacitação profissional), que custaram R$ 1.437.000,00; e sete blocos construídos por licitação, com investimento de R$ 7.397.303,44, valor que engloba os sete blocos e as 56 casas.
O prefeito João Paulo destacou a privilegiada localização do Casarão do Cordeiro, que fica na avenida Maurício de Nassau, bem perto da avenida Caxangá, e terá 760 unidades habitacionais. “São moradias de qualidade, com saneamento básico e ruas calçadas. E as casas estão em nome das mulheres, o que protege as mães e as crianças”, disse. Beneficiando todos os moradores, João Paulo assinou o termo de autorização de uso e visitou o apartamento de Priscila Freitas, que veio do Casarão da Iputinga. “Não tenho palavras para agradecer. Morar aqui é um privilégio”, comemorava Priscila.
Moradoras – Mônica Cruz Nascimento, de Brasília Teimosa, e Sandra Regina, do Bueirão – foram visitadas pelo prefeito. No apartamento de Sandra, a recepção foi especial: os sete anos da luta da comunidade por habitação digna mereceram uma festa, com bolo e mesa de frutas. Um mural com recortes de jornais lembrava os episódios mais marcantes da trajetória da comunidade, iniciada com a ocupação do prédio do INSS na avenida Guararapes, em 1999. “Agora que conquistamos a moradia, é preciso cuidar bem dela”, disse Sandra.
Cuidados – O secretário de Planejamento Participativo, João da Costa, lembrou que manter a qualidade de vida no conjunto passa a depender, basicamente, dos moradores. “O título é de uso, não de propriedade, e pode ser transferido como herança para os filhos. Mas os apartamentos não podem ser vendidos nem alugados”, alertou. Ele também lembrou que, em nenhuma hipótese, a estrutura dos apartamentos deve ser alterada, para não comprometer a segurança dos edifícios. O secretário de Habitação, Carlos Padilha, informou que será criado um conselho gestor, para discutir e resolver as questões ligadas à qualidade de vida no conjunto.
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